Todos nós, em algum momento de nossas vidas, nos perguntamos
“quem sou eu?”.
Essa pergunta está presente na história da humanidade, seja na Grécia antiga, pelos
questionamentos gerados pela Filosofia ou mesmo hoje em dia, pois essa é uma pergunta
que faz parte da gente enquanto espécie humana.
Muitas vezes, nós deixamos nos levar pelo outro, pelos pensamentos da sociedade, pela
moda, ou por crenças limitantes que nos foram transmitidas pelos nossos pais, nossos
professores e nossa sociedade.
Mas quando paramos para pensar nessa questão “quem sou eu?” O que nos define?Qual é
a minha essência? Certamente, podemos encontrar as respostas dentro de nós e não do
lado de fora.
As respostas estão dentro de nós.
A falta de confiança em nossa própria identidade e a percepção de nós mesmos podem
causar um obstáculo para a conexão com os outros.
Para viver em harmonia, é necessário desenvolver sabedoria e inteligência emocional nas
nossas relações.
Em primeiro lugar, entender quem somos, em segundo saber que o outro tem suas
características e em terceiro lugar, aprender a conviver de forma respeitosa com todos.
Gosto muito de pensar na frase do Dr. Milton H. Erickson que diz que nós já sabemos, só
não sabemos o que sabemos.
Pode parecer confuso num primeiro momento, entretanto, se refletirmos com calma,
podemos perceber que a nossa sabedoria interna sabe o que é melhor para a gente. Eu a
chamo de EU SOU
Para nos ajudar a pensar sobre esse tema, trago com contribuição a perspectiva do
humanismo.
Por humanismo, podemos entender ser uma corrente de pensamento que coloca o ser
humano como o centro das atenções e como parte principal da sua própria história.
O humanismo busca valorizar o indivíduo e a sua singularidade e reconhece que cada
pessoa tem sua própria visão de mundo, que é importante respeitá-la.
Carl Rogers foi um psicólogo americano é um dos principais nomes do humanismo. Ele
acreditava que o ser humano é capaz de se desenvolver e crescer ao longo da vida e que o
papel do terapeuta é ajudar o paciente a encontrar suas próprias soluções para seus
problemas.
Na perspectiva humanista de Carl Rogers, o autoconceito é um elemento central da
identidade pessoal.
Segundo Rogers, o indivíduo é essencialmente capaz de compreender e se autodeterminar
de forma autônoma, sendo a sua própria pessoa.
Dessa forma, a identidade do indivíduo é formada a partir de experiências vividas e da
forma como ele se define em relação a essas experiências.
De acordo com Jung, a psique humana é composta por diferentes camadas, cada uma
tratando de um conteúdo específico.
A construção da identidade pessoal depende assim da interação dessas camadas e da
influência do ambiente em que o indivíduo está inserido.
Ambas as abordagens, humanismo e psicologia analítica, valorizam o processo de
autoconhecimento e a relação intrínseca entre o sujeito e o seu ambiente.
Além disso, ambas defendem a importância do indivíduo ser visto em sua totalidade e
complexidade, levando em conta as múltiplas dimensões que compõem a sua identidade,
como a dimensão emocional, cognitiva e espiritual.
Ao mesmo tempo, que vivemos em sociedade e não podemos nos ver de forma
independente do contexto em que estamos inseridos, ou seja, não podemos separar-nos da
influência que outros indivíduos e o ambiente ao nosso redor têm sobre nós, não devemos
esquecer de quem realmente somos para não sermos confundidos na correria do dia a dia.
Essa questão de quem é o outro e, quem somos nós é uma questão central para
compreender a natureza humana e a relação entre os indivíduos.
É como gosto de pensar O todo na parte e a parte no todo.
Para o humanismo, como já disse, cada pessoa é única e valiosa, com suas próprias visões
de mundo e experiências de vida.
Dessa forma, o outro é visto como alguém que deve ser respeitado e valorizado em sua
singularidade, e não como uma mera extensão de nós mesmos.
Por sua vez, Jung acreditava que a relação com o outro é fundamental para a individuação,
isto é, para o processo de desenvolvimento psicológico e espiritual que leva à realização do
potencial humano.
Segundo ele, as experiências com o outro são essenciais para a compreensão de nós
mesmos, porque as projeções que fazemos nos outros nos permitem identificar as partes de
nós mesmos que negamos ou desconhecemos.
Assim, para Jung, o outro é parte integrante de nossa própria psique e de nossa jornada
rumo à individuação.
Ao reconhecermos as diferenças e semelhanças entre nós e os outros, ampliamos nossa
compreensão de nós mesmos e do mundo ao nosso redor.
Como contribuição, gostaria de falar de uma dica poderosa para ajudar a entender e
respeitar a si mesmo e aos outros na convivência social.
Praticar a empatia. Colocar-se no lugar do outro ajuda a entender seus comportamentos e
pensamentos. Ao compreender que cada indivíduo tem sua própria vivência e história de
vida, fica mais fácil respeitar suas escolhas e opiniões.
Outra dica importante é desenvolver a habilidade de se comunicar de forma clara e
assertiva.
Às vezes, as diferenças surgem devido a mal-entendidos ou falta de comunicação efetiva. É
importante expressar seus sentimentos e ideias de maneira clara e também ouvir
atentamente o ponto de vista do outro.
Por exemplo, se um amigo te convida para um evento que você não tem interesse em
participar, é importante explicar de forma clara e respeitosa os motivos pelos quais não
poderá comparecer.
Ao seguir essas dicas, torna-se mais fácil lidar com as diferenças na convivência social. A
empatia e a comunicação efetiva ajudam a construir relações mais saudáveis e respeitosas.
Vamos pensar sobre isso?
Muita Paz.
Commenti